segunda-feira, 28 de setembro de 2009

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Pensando na morte, resolvi escrever.

Seguem então alguns poemas, que fiz agora

So para postar neste blog empoeirado.


Se gostar, divulgue. Mas, por favor, cite a fonte.
Morte

Oh, morte!
És a quebra do grilhão das almas
Que gemem imersas no peso
Quantos, quantas vidas ainda se perdem
Por mãos que não são as tuas
Por outras almas perdidas, que antecipam a tua visita

Quanta lágrima, quanta dor existe
Pela ignorância das almas perdidas
Pois o Todo sabe a hora que nos cabe seguir contigo
E não há nem mãe, nem pai, irmãos ou amigo
Que te impeça de vir sempre, sem aviso

Quanta injustiça a que te fazem
Pois que o teu papel, daqui não sabem
O esquecimento é o que o nascer nos traz
E o que se lembra, a ninguém importa
Mas então, na partida, na hora da dor
A diferença entre um corredor
E uma porta
É a mesma entre meses e algumas horas...
Morte

Nos raios primeiros de luz que vi
Das trevas onde estive e de onde então nasci
De todas as certezas, a que me ardia
Desde ali

Não houve nesse mundo insano
Dor tamanha que me tornasse humano
O bastante para saber o que carecia
Sobre ti

Por que és, no encontro fatídico,
a suprema incógnita que encerra tudo
que me mostra a mim e a esse mundo
o que nunca soube ou quis saber
o que jamais pensei conhecer
Sobre mim

Pois que venha teu anzol então
Na agonia extrema da excelsa calma
Arrancar do corpo esta minha alma
E a ciranda louca do estar aqui e além
Finalmente purga qualquer dor que vem
Deste fim

segunda-feira, 6 de julho de 2009

AS DOENÇAS E VOCÊ

Segundo a psicóloga americana Loise l. Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós. Afirma ela, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo. "Todas as doenças têm origem num estado de não-perdão", diz a psicóloga americana Louise L. Hay. Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar.

Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.

A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita, vale a pena tentar evitá-las:

DOENÇAS / CAUSAS:

AMIGDALITE

Emoções reprimidas, criatividade sufocada.

ANOREXIA

Ódio ao externo de si mesmo.

APENDICITE

Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.

ARTERIOSCLEROSE

Resistência. Recusa em ver o bem.

ARTRITE

Crítica conservada por longo tempo.

ASMA

Sentimento contido, choro reprimido.

BRONQUITE

Ambiente família inflamado. Gritos, discussões.

CÂNCER

Magoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.

COLESTEROL

Medo de aceitar a alegria.

DERRAME

Resistência. Rejeição a vida.

DIABETES

Tristeza profunda.

DIARRÉIA

Medo, rejeição, fuga.

DOR DE CABEÇA

Autocrítica, falta de autovalorização.

ENXAQUECA

Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.

FIBROMAS

Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.

FRIGIDEZ

Medo. Negação do prazer.

GASTRITE

Incerteza profunda. Sensação de condenação.

HEMORROIDAS

Medo de prazos determinados. Raiva do passado.

HEPATITE

Raiva, ódio. Resistência a mudanças.

INSONIA

Medo, culpa.

LABIRINTITE

Medo de não estar no controle.

MENINGITE

Tumulto interior. Falta de apoio.

NÓDULOS

Ressentimento, frustação. Ego ferido.

PELE (ACNE)

Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.

PNEUMONIA

Desespero. Cansaço da vida.

PRESSÃO ALTA

Problema emocional duradouro não resolvido.

PRISÃO DE VENTRE

Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.

PULMÕES

Medo de absorver a vida.

QUISTOS

Alimentar mágoa. Falsa evolução.

RESFRIADOS

Confusão mental, desordem, mágoas.

REUMATISMO

Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.

RINITE ALÉRGICA

Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.

RINS

Crítica, desapontamento, fracasso.

SINUSITE

Irritação com pessoa próxima.

TIROÍDE

Humilhação.

TUMORES

Alimentar mágoas. Acumular remorsos.

ÚLCERAS

Medo. Crença de não ser bom o bastante.

VARIZES

Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.

Curioso não?

Por isso vamos tomar cuidado com os nossos sentimentos... principalmente daqueles que escondemos de nós mesmos!

sábado, 25 de abril de 2009

E REFLETINDO UM POUCO MAIS...



O que me faz pensar que realmente creio em algo ou alguém, senão minha própria vontade?

Simplesmente um dia escolho uma bandeira e saio por aí a defendê-la fervorosamente. Para tanto, primeiro preciso provar a mim mesmo que creio de verdade.

O que ocorre é que nem mesmo estou certo (eu, ser humano) se aquilo que creio é verdade. Eu, parte do mundo, sou como todos, e convencendo a todos estarei convencendo a mim mesmo, por isso a necessidade de se justificar ao mundo, transformando minha crença em simbolos, rituais, gestos e outras manias estranhas.

Quando vejo um padre, um pastor, uma torcedor de time de futebol, de volei, um militante de partido político, um patriota, vejo alguém contaminado. Como tudo na vida, a dose certa de contaminação é benéfica (até os venenos curam), o que não é verdade nos extremos.

Penso que todos, todos mesmo, cobram de si a própria fé. Exigem de si o que julgam ser prova de fé e dedicação, fazendo questão de deixar claro aos outros aquilo que julgam acreditar. Muitos nem mesmo sabem em que acreditam, mas acreditam assim mesmo.

Assim, saimos todos mundo afora criticando ou defendo pessoas, lugares, religiões, ET's e outras coisas mais...

No fundo penso acreditar que na verdade mesmo não acreditamos em nada, nem em nós mesmos (a pior das dores). E tanto e a tal ponto, que até em se tratando da Divindade, em qualquer religião, existe sempre a idéia de que deus está em nós e que somos todos dele ou parte dele.

O ateu pensa: nao preciso de divindades - me viro sozinho, obrigado.

Estamos todos nos achando...

No fundo, no fundo, sabemos disso e isso nos tortura internamente, deixando um vazio que sempre precisou ser preenchido. Então, salvem os segredinhos e fofocas, as sociedades secretas, os professores e mestres, as religiões e seus misterios "divinais", as ciencias ocultas.

Salvem tudo o que não sabemos, pois se soubermos um dia, não vai ter graça nenhuma.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



Obituário

Faleceu, aos dezessete dias do mês de dezembro, às vésperas de se afirmar como perene, para todo o sempre; logo antes de se firmar nos registros de idéias, pensamentos, ideais de vida e morte, de conquistas, sonhos e desventuras. Numa tarde chuvosa e triste, aquela que jamais, desde o início dos tempos em que a razão foi enfim alcançada por alguém que se entitulou humano um dia, encontrou seu fim de maneira impetuosa e insofismável. Mesmo portando cabedal fantástico de conclusões ricas em desvarios das mais brilhantes mentes que se teve noticia neste mundo, foi vítima do pouco intelecto das gerações subsequentes que, arraigadas ao "pegue-a-idéia-pronta" ou "tá-escrito-eu-creio", como rebanhos revoltos, agarravam-se a figura de um que mostrasse (ou afirmasse) poder de entender o que na verdade ninguem jamais entendeu. Precipitou o seu fim, a mórbida patologia que a corroeu por toda a sua existencia, mas que, num parasitismo sem precedentes, garantiu por eras a manutençao da vida desta que agora se despede. Lamentemo-nos. Dita por muitos, muitas vezes, a mãe da inspiração, na verdade (e pasmem) revelou sua independencia existencial, deixando de existir. Ex-rainha da destruição e da criação humana, ex-propulsora da vontade, ex-a-porcaria-toda, respondeu pelos mais belos e pelos mais aterrorizantes atos que o homem foi capaz de realizar desde que o mundo é mundo. Contaminada por doenças adquiridas do ser humano, foi desvirtuada, manipulada, transformada incontáveis vezes, pelos mais diversos motivos, por mentes tão insanas como ela própria. Despede-se assim deste orbe, aquela que, dizem, foi quem nos trouxe onde estamos, foi quem nos fez como somos. Leva com ela toda ciência, que se diga de passagem apresentou-se sempre como sua antagonista, como sua prova de irracionalidade, como sua algoz. Sim, logo ela, a ciência (quem diria), se vê arrastada nesse turbilhão.
O corpo está sendo velado nas escolas, nas igrejas, nos clubes, nos cinemas, nas familias... Em todos os lugares por onde ela sempre esteve. Enfim ela se vai, deixando bilhões de órfãos.


Nota de solidariedade de Gerson Trindade.



"A razão foi a culpada. Foi quem, auxiliada pela lógica, assassinou, sem saber, sua própria mãe."

A crença está morta? Não acredito!

Choremos assim mesmo (por via das dúvidas)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"Os bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos;
e, para mais m'espantar,
os maus vi sempre nadar
em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
o bem tão mal ordenado,
fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim
anda o mundo concertado."

[Camões]

VELHO

Estou velho.
A cada segundo que passa
cada detalhe das coisas ao meu redor
insistem, irritantemente parados,
em me lembrar disso
a cada segundo que passa.

Estou velho mesmo
Pois que todos os segundos que passam
acumulam-se indefinidamente
e indefinidamente envelheço
vendo tudo acontecer
apesar de tudo

Estando velho
me percebo afastado das coisas
que para mim são novidade (ainda que velhas também)
para mim são novas e, portanto, fora da minha realidade.
Não possuo novos amigos e os velhos,
já não os vejo há muito.
Não possuo novas namoradas, pois envelheci e casei
Não possuo novas aventuras, pois o juízo foi o brinde do envelhecimento
Não possuo novas lembranças, mesmo que as antigas tenham sido esquecidas
Nao posso ter o novo, mesmo ele desfilando a todo instante
em minha realidade rotineira

Sendo velho
Não acho mais graça
e vivo com medo de tudo
e tanto que até de mim mesmo
Por que nada posso fazer contra o tempo
que fração a fração consome a vida de todos
Queria mudar isso tudo
mas estou velho demais para isso

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Pensando bem

Não sei o que é pensar bem. Não sei mesmo o que é pensar. O bem, então, o que seria? Mesmo assim sou capaz de dizer que penso e ainda me arrisco a afirmar que penso bem.

De onde veio isso? De onde vem a certeza de se estar pensando bem agora e não antes?

Certo é que o sentido que hoje essa afirmação carrega não existiu sempre. Mas alguém, em algum lugar, num dado momento disse: "pensando bem...". E havia ali uma alma que ouviu e se apaixonou por essas palavras de tal forma que passou a repeti-las como um bordão "chique" que manifestava algum valor intelectual (afinal ele estava pensando!).
E hoje, quem não diz "pensando bem..." quando muda de idéia?

O que me preocupa na verdade era o antes do "pensando bem". Por que se só se pensou bem agora, o pensamento de antes (seja lá qual tenha sido ele) só podia ser mal, ou insuficiente.

Não dá pra saber o que é pensar bem.

Por isso, a partir de agora, só direi "pensando mais um pouco" quando mudar de idéia. Pelo menos, se eu cometer um erro, não terá sido por uma questão qualitativa, mas talvez por quantidade. O que até seria um conforto a mais nas burradas, pois nao me sentiria inferiorizado (não pensei melhor ou pior - diria a mim mesmo -, apenas pensei pouco).

É isso.

Agora, por favor, me dêem licença. Está na hora do meu eletro-choque.
Até +

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Pior do que a mentira, é não dizer nada.

O nada nos deixa entregues à nossa imaginação. E imaginar não tem limites.

Pior do que o nada é não ter limites.

Ainda a mentira limita a imaginação, tanto quanto a verdade.

E se a verdade é uma mentira aceita por todos, tudo é mentira. Até você.